Você sabe cuidar da saúde mental? 5 dicas para mantê-la em dia
04/01/2022
Atualizado em 21/10/2025
Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde do corpo. Confira as dicas que separamos para você tomar conta da sua mente.
7 min de leitura

Cuidar da saúde mental é tão necessário quanto cuidar do corpo. Muitas vezes, no entanto, nós nos esquecemos desses cuidados e negligenciamos a mente, o que pode provocar diversas consequências negativas.
Pensando nisso, o Viver Bem preparou este artigo especial com informações importantes e 5 dicas que podem ajudar você nesse processo.
Como cuidar da saúde mental?
A Saúde Mental é influenciada por diversos fatores — desde aspectos individuais, como autoestima e saúde física, até relações familiares, sociais e condições estruturais da comunidade.
Entre os fatores de risco, destacam-se os genéticos, as habilidades emocionais, o nível de atividade física e o suporte social. Por isso, é importante estar atento e agir com cuidado e acolhimento.
Existem três pilares fundamentais para cuidar de sua saúde emocional:
- Prevenção: inclui hábitos saudáveis como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos e acompanhamento psicológico.
- Percepção: envolve o autoconhecimento e a capacidade de reconhecer quando algo não está bem e procurar ajuda.
- Tratamento: pode incluir diferentes formas de psicoterapia e, se necessário, o uso de medicamentos. Cada pessoa tem um caminho único, e o tratamento deve respeitar suas necessidades e escolhas.
O que é saúde mental?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estar mentalmente saudável significa conseguir lidar com os desafios da vida, reconhecer as próprias habilidades, aprender, trabalhar e contribuir com a comunidade. É um componente fundamental da saúde que sustenta nossa capacidade de tomar decisões, construir relações e transformar o mundo ao nosso redor.
É importante lembrar que saúde mental não é apenas a ausência de doenças. Cada pessoa vivencia seu bem-estar psicológico de forma única, com diferentes níveis de sofrimento e impacto na vida pessoal, social e profissional.
A campanha Janeiro Branco e o Dia Mundial da Saúde Mental
O mês de janeiro é marcado por recomeços. Com o anúncio de um novo ano, muitas pessoas se comprometem a traçar metas e “virar a página” para novas possibilidades.
A campanha Janeiro Branco tem o objetivo de propor a reflexão acerca da saúde mental neste momento de mudança e renovação.
A saúde emocional é uma questão de saúde pública em nível mundial. Por esse motivo, existe o Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado em 10 de outubro, com o objetivo de provocar discussões sobre o tema.
A campanha é idealizada pela Organização Mundial da Saúde e, a cada ano, traz uma temática diferente para centralizar as discussões.
5 dicas práticas para cuidar da saúde mental
Cuidar da saúde mental regularmente é essencial para o autoconhecimento e para tentar minimizar impactos externos. Por isso, selecionamos algumas dicas voltadas ao cuidado do bem-estar mental. Confira:

1. Crie uma rotina saudável
Organizar o dia a dia traz conforto emocional, ajuda a reduzir o estresse e aumenta a sensação de controle sobre a própria vida.
Um dos pilares dessa rotina é o sono. Dormir bem é essencial para a saúde do corpo e da mente. Muitos transtornos mentais estão ligados ao sono irregular — por isso, cuidar da higiene do sono é fundamental.
Aqui vão algumas dicas simples que podem ajudar:
- Evite o uso de telas (celular, computador, TV) perto da hora de dormir.
- Reduza o consumo de cafeína, especialmente à noite.
- Limite os cochilos durante o dia a no máximo 40 minutos.
- Tente manter um horário regular para dormir e acordar todos os dias.
2. Pratique atividade física
A prática regular de atividade física é uma aliada da saúde mental. Ela ajuda a reduzir o estresse, melhora o humor, aumenta a autoestima e contribui para melhor qualidade do sono — todos fatores essenciais no que diz respeito ao bem-estar emocional.
Durante o exercício, o corpo libera substâncias como endorfina e serotonina, que promovem sensação de prazer e relaxamento. Além disso, manter uma rotina de movimento pode trazer mais estrutura ao dia, o que favorece o equilíbrio emocional.
Não é preciso começar com grandes metas. Caminhar, dançar, pedalar ou praticar alongamento já faz a diferença. O importante é encontrar uma atividade que você goste e consiga manter com regularidade.
3. Cuide da sua alimentação
Assim como o exercício físico, a alimentação e a saúde da mente também estão diretamente relacionadas.
As recomendações aqui são as mesmas de quem busca uma alimentação saudável para a mente e o corpo: reduzir o consumo de alimentos excessivamente gordurosos e ultraprocessados e com excesso de açúcar. Procure priorizar refeições saudáveis, com carnes magras, grãos integrais, frutas e vegetais. Evite uso excessivo de cafeína e álcool.
Cliqui aqui e confira a página do Viver Bem sobre alimentação saudável
4. Cultive relações saudáveis
Perceba suas relações cotidianas, priorize relacionamentos saudáveis e reforce laços sociais com pessoas que fazem você se sentir bem. Tenha atenção a algum tipo de comportamento nos relacionamentos que possam trazer sofrimento..
5. Use a estratégia A.C.A.L.M.E-S.E
Mesmo seguindo orientações e cuidando do estado mental, todos passamos por situações que podem desencadear crises e episódios intensos de ansiedade ou pânico.
Conhecer os principais sintomas e saber identificá-los é muito importante para tomar as medidas corretas. Alguns dos sinais característicos de crises de ansiedade são:
- batimento cardíaco acelerado;
- sensação de falta de ar;
- aumento da transpiração;
- tremores;
- boca seca;
- mãos e pés frios;
- musculatura contraída e náuseas.
Existem algumas técnicas que auxiliam a lidar com sintomas de ansiedade, angústia e pânico. Entre elas, há a estratégia A.C.A.L.M.E-S.E., criada pelo psicólogo e pesquisador Bernard Rangé, que pode ser uma opção para chegar em um estado de menor ansiedade e aliviar os sintomas.
Veja os passos indicados:
Aceite as sensações geradas pela ansiedade. Elas são inesperadas, desconhecidas, mas também são passageiras. Lutar contra os sintomas faz com que eles se prolonguem e aumentem o desconforto. Deixe que eles fluam.
Contemple o ambiente ao seu redor. Observe e descreva os objetos ao seu redor, bem como pessoas e outros elementos do ambiente externo. Isso ajuda a afastar-se de sua observação interna. Quanto maior a capacidade de separar a experiência interna e ligar-se ao ambiente externo, melhor você deverá se sentir.
Aja apesar da ansiedade. Tente continuar o que estava fazendo antes de ela surgir. Diminua o ritmo das coisas que você estava fazendo, mas mantenha-se ativo.
Libere o ar dos pulmões. Respire devagar, inspire pelo nariz contando mentalmente até três, leve o ar ao abdômen, segure o ar por mais três segundos e solte o ar lentamente pela boca, contando até seis. Siga esse processo até perceber que o ritmo da sua respiração voltou ao estado normal.
Mantenha o roteiro anterior (Aceitar, Contemplar, Agir e Liberar) até se sentir mais confortável.
Examine seus pensamentos. É comum pensamentos catastróficos surgirem. Observe seu diálogo interno e verifique racionalmente se seus pensamentos são possíveis de ocorrer ou não. Lembre-se de que estar ansioso é desagradável, mas passa.
Sorria, você conseguiu passar pela crise. Com os próprios recursos, você foi capaz de lidar com a ansiedade. Lembre-se de que você sempre poderá retornar a essa sequência, quando necessário.
Espere o futuro com aceitação. Deixe de lado a ideia de viver livre da ansiedade, já que ela faz parte de todas as pessoas. Aprenda a conviver com isso e a utilizar os recursos necessários quando a ansiedade estiver mais intensa.
Obter informação sobre a saúde da sua mente também é muito importante. Para se aprofundar nesse tema, assista ao quarto episódio da websérie Saber Pra Cuidar, apresentado pelo Dr. Maurício Leão, psiquiatra e médico cooperado da Unimed-BH.
Veja no no YouTube da Unimed-BH:
Quando buscar ajuda profissional
Existem momentos em que é preciso buscar ajuda médica. Diversas condições e situações podem culminar em distúrbios psíquicos ou transtornos mentais.
Assim como qualquer pessoa pode precisar de atendimento médico para tratar uma doença ou um acidente, quem cuida do bem-estar psicológico também pode precisar de apoio especializado em determinados momentos da vida.
O primeiro passo é reconhecer que precisa de ajuda. Transtornos mentais ainda são cercados por tabus, mas são mais comuns do que se imagina — e buscar apoio é um ato de coragem.
Com o suporte adequado, como o acompanhamento com um psiquiatra, é possível tratar condições mentais e conquistar mais qualidade de vida.
Se você perceber sinais como tristeza persistente, pensamentos negativos, ansiedade intensa ou qualquer sofrimento emocional que esteja afetando sua rotina, procure ajuda.
Serviço de saúde mental da Unimed-BH
Se você é beneficiário da Unimed-BH, pode buscar apoio entrando em contato com seu médico ou agendando uma consulta com um profissional de saúde mental pelo telefone 4020-4020.
O agendamento também está disponível de forma prática pelo site ou pelo aplicativo da Unimed-BH.
Síndrome de burnout
A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema ligada ao trabalho. Entenda melhor esse quadro no artigo que o Viver Bem elaborou sobre o assunto.
Síndrome de Burnout: conheça essa doença do trabalho e tire suas dúvidas
Sono e qualidade de vida
O ‘Pod Isso, Doutor?’, podcast do Viver Bem, preparou um episódio especial com inúmeras dicas para você dormir melhor, tirando as suas dúvidas sobre o assunto.
Ouça o podcast clicando aqui ou no botão abaixo.
FAQ: perguntas frequentes sobre saúde mental
1. O que é saúde mental segundo a OMS?
De acordo com a OMS, saúde mental é a capacidade de lidar com desafios, reconhecer habilidades próprias, aprender, trabalhar e contribuir com a comunidade. Não é apenas ausência de doenças, mas condição essencial para o bem-estar e a qualidade de vida.
2. Qual a relação entre saúde física e saúde mental?
Corpo e mente estão conectados. Sono adequado, exercícios e boa alimentação fortalecem a saúde mental, enquanto transtornos emocionais podem afetar o organismo. Cuidar do físico também protege o equilíbrio emocional.
3. Como o trabalho impacta a saúde mental?
O trabalho pode trazer realização, mas também estresse. A síndrome de burnout, por exemplo, surge da exaustão profissional. Equilibrar demandas, respeitar limites e buscar apoio ajudam a reduzir impactos.
4. Quais são os sinais de ansiedade e estresse?
Sintomas comuns incluem coração acelerado, falta de ar, suor excessivo, tremores, boca seca, náuseas e tensão muscular. Reconhecer esses sinais permite agir rápido e buscar ajuda se necessário.
5. Como cuidar da saúde mental e emocional no dia a dia?
Inclua hábitos saudáveis: boa alimentação, sono regular, exercícios físicos, relações positivas e acompanhamento psicológico quando preciso. Autoconhecimento e atenção aos sinais são essenciais.
6. Qual o papel do psicólogo no cuidado com a saúde mental?
O psicólogo auxilia no autoconhecimento, no manejo de emoções e no tratamento de transtornos. A psicoterapia promove acolhimento e qualidade de vida.
7. Existe atendimento de psicologia on-line pela Unimed-BH?
Sim. Beneficiários podem agendar consultas de saúde mental pelo site, pelo app ou pelo telefone 4020-4020. É um serviço acessível e acolhedor.
8. O que é a síndrome de burnout e como preveni-la?
É um distúrbio ligado à exaustão no trabalho. Prevenção inclui hábitos saudáveis, descanso adequado, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e busca de ajuda diante de sinais de sobrecarga.
9. Qual a importância de uma rotina e hábitos saudáveis para a saúde mental?
Uma rotina organizada reduz estresse e dá sensação de controle. Sono de qualidade, exercícios e alimentação equilibrada fortalecem corpo e mente.
10. Como melhorar a qualidade do sono para equilibrar a saúde mental?
Evite telas antes de dormir, reduza a cafeína, limite cochilos e mantenha horários fixos. Essas são algumas medidas que favorecem o descanso e o equilíbrio emocional.